Apoio às classes médias é uma das prioridades do Partido Socialista para os próximos quatro anos

PS Açores - 10 de dezembro, 2021

O cabeça de lista do PS/Açores à Assembleia da República, Francisco César, destacou, esta sexta-feira, “a ajuda às classes médias” como sendo “a prioridade do Partido Socialista para os próximos quatro anos”, quer na Região, como na Assembleia da República.

Para o dirigente Socialista, que falava à margem de uma reunião com a Associação Académica da Universidade dos Açores, nos últimos anos tem-se assistido “a uma progressiva retoma dos rendimentos, à reposição daqueles que são mais carenciados, ganham menos, que tem um salário mínimo hoje mais alto do que era no passado e que no próximo ano irão ter o maior aumento da história, passando, nos Açores, para cerca de 740 euros”.

Defendendo, assim, a prioridade de apoio às classes médias, Francisco César deu como exemplo o caso dos jovens que estudam, trabalham, e apostam na sua qualificação para considerar que “quem se qualifica deve ser recompensado”, salientando não se poder assistir “a um nivelamento horizontal dos salários entre os 700, neste caso 800, e os 1000 e poucos euros”.

Numa referência ao trabalho já em curso nesta matéria, o candidato do PS/Açores às eleições legislativas nacionais de 30 de janeiro, destacou o “IRS para os jovens” e as “isenções substanciais para os jovens, não só nos primeiros três anos, como também nos dois anos seguintes, no total de cinco anos de apoios fiscais”, como sendo das principais propostas do Partido Socialista.

Destacando ainda os apoios previstos da parte do Governo da República para se criar “mais dois escalões de IRS, exatamente para proteger as nossas classes médias e os jovens que se formam”, Francisco César referiu ainda ser preciso trabalhar “no combate à precariedade, numa justa remuneração daquilo que são os nossos jovens que se qualificaram e que fazem parte da nossa classe média”.

“Há, para nós, uma prioridade neste momento, é que haja maior igualdade do ponto de vista de justiça social. Mas igualdade não é tratar tudo igual, é tratar diferente aquilo que é diferente, quem trabalha deve ter uma justa remuneração, vencimento digno, e é isso que temos feito, por exemplo, na questão do salário mínimo”, assegurou o candidato Socialista, para manifestar ainda que “quem se qualifica, quem trabalhou a vida inteira, deve ter oportunidade para se poder emancipar, para que o dia de amanhã possa ser melhor que o dia de hoje, e é esse o compromisso do Partido Socialista para os próximos quatro anos”.

Na ocasião, Francisco César abordou ainda a questão das tabelas de retenção de IRS, para manifestar estranhar que os responsáveis do Governo Regional considerem “uma inevitabilidade que as tabelas de retenção de IRS para os Açores obriguem a descontos para quem recebe o salário mínimo”. O Governo Regional está a arrecadar receita (impostos) com o aumento do salário mínimo nos Açores.

Considerando que apenas no ano passado “é que quem recebeu o salário mínimo estava sujeito a retenção na fonte”, Francisco César defendeu uma atitude mais reivindicativa do Governo nesta matéria, uma vez que “as tabelas de IRS para os Açores são diferentes das do continente, sempre foram, e que a elaboração destas mesmas tabelas da parte do Governo da República é feita sob consulta do Governo Regional, e, portanto, acho que este é um assunto que não deve estar fechado, nem para o Governo Regional, nem para o Governo da República”.

“Da parte do PS não estará fechado com certeza, iremos fazer todos os esforços junto do Governo da República para que essas tabelas possam permitir, exatamente, que quem recebe o salário mínimo o possa receber na mesma situação de igualdade do continente, sem ter que fazer essa retenção na fonte”, assegurou o Socialista.